Certa vez fui arremessar uma casca de banana na lixeira da cozinha da minha casa. Atirei com a mão de baixo para cima, sem muita força, apenas para dar intensidade e mirar na lixeira. Eu, bufando, diga-se de passagem, saio de onde eu estava confortavelmente para enfiar a, já exposta acima: casca de banana, na lata de lixo! (Além de ter que limpar o pequeno lambuzo que aquela casca bem madura deixou no piso), escuto minha mãe, tranquilamente, pronunciar: TRABALHO DE PREGUIÇOSO É DOBRADO!
Nossa! Aquilo me deu mais dois “bufos” (sim, fiquei ainda mais bufante com tamanha provocação) e essa fala nunca mais saiu do meu inconsciente.
Vejamos, se eu tivesse levantado de onde eu estava comendo a banana e colocado a casca na lixeira, nada daquilo teria acontecido, certo?
E quantos outros “retrabalhos” são feitos no nosso dia a dia por causa da “preguiça”? Leia-se retrabalho aquela ação em cima de um serviço que não está conforme.
Atualmente, muito se fala em traumas internos, em bloqueios inconscientes etc. Mas o que eu posso afirmar sobre mim, é que aquela fala da minha mãe está presente até hoje na minha tarefa diária. Toda vez que eu penso que posso “relaxar” um pouco na minha agenda, vem aquela voz me alertar: VAI FAZER DUAS VEZES A MESMA COISA, PODENDO FAZER UMA SÓ E BEM-FEITA? Portanto, desde que iniciei minha jornada laboral eu procuro exercer de maneira correta os serviços em que atuo, garantindo que entregarei ao meu colega um trabalho que ele não precisará refazer.